Ai que saudades de ir ao Pipas Bar, beber aquele cocktail feito pelo nosso Barman do Mês! Agora sim, já podem voltar a visitar o Pipas Bar e comprovar aquilo de que estamos a falar. Fiquem com a entrevista que o Ricardo Costa fez para a Exposer Coimbra.
Fala-nos pouco sobre o teu background como Barman e também sobre como surgiu a oportunidade de trabalhar aqui no pipas…
A minha formação como Barman começou com o meu primeiro emprego após ter terminado os meus estudos num pequeno bar em Nottingham no Reino Unido. A partir daí trabalhei em vários outros bares antes de começar a trabalhar como gerente de marketing e promoções para as principais discotecas da nossa cidade. Enquanto permaneci como gerente sempre me fascinei e admirei as infinitas possibilidades que podiam ser criadas em relação aos cocktails e é algo que ainda hoje adoro apaixonadamente fazer! Ia mesmo abrir um bar em Coimbra até que o meu advogado que conhecia muito bem o Pipas Bar mo recomendou, e ainda me lembro da primeira vez que entrei e o vi. Não era o bar que é hoje, mas instantaneamente soube que tinha encontrado uma jóia escondida, e sinceramente estou extremamente grato por ter corrido aqui um risco e ter visto uma oportunidade.
De todos os cocktail que já criaste, de qual é aquele do qual te orgulhas mais?
Ao longo dos anos tive o privilégio de trabalhar ao lado de alguns barmen incríveis e de ter desempenhado um papel na criação de alguns cocktails maravilhosos, mas a minha mão preferida é aquela que estamos a acrescentar ao nosso menu ‘abraço caloroso’.
Qual é aquela bebida com a qual mais te identificas pessoalmente?
Durante o meu tempo em Coimbra fui rapidamente apelidado de Morgan, pois qualquer pessoa que me conhece sabe que adoro rum. Capitão Morgan, Kraken, Pampero, só para citar alguns!
Pode falar-nos sobre os efeitos da pandemia aqui no Luso? De que forma é que o Pipas Bar se adaptou a esta nova realidade?
Esta pandemia teve um enorme impacto para todas as empresas não só neste país mas em todo o mundo, e aqui no Luso, uma zona turística, a diferença tem sido enorme. Não só com muito poucas pessoas a passar por aqui em comparação com outros anos, mas até mesmo os habitantes locais estão receosos de sair da forma como o faziam antes. Eu sei e acredito que as coisas vão mudar, mas também sei que o lado social e a vida nocturna aqui em Portugal vão ser alterados para sempre. A nossa salvação foi o facto de termos decidido começar a fazer entregas ao domicílio com a nossa comida, o que nos tem mantido em movimento. Há dias em que a maioria do que servimos é comida, mas felizmente as pessoas têm continuado a apoiar-nos e estamos muito gratos a todos pelo apoio contínuo. Sentimo-nos muito abençoados pelos clientes que temos e pela resposta em relação à nossa comida!
Qual é amais recente tendência na indústria com a qual estás mais entusiasmado?
Uma coisa que sempre me fascinou e que procuramos começar a implementar no próximo ano é o gelo seco. Não só para o efeito visual, mas a própria química que ajuda a fazer do cocktail uma verdadeira arte.
Qual é a bebida mais popular servida aqui no bar aos turistas estrangeiros?
A maioria das pessoas que nos vêm visitar de outros lugares pedem para experimentar os nossos gins. Temos uma grande lista de receitas que nós próprios criámos ao longo dos anos, bem como os cocktails da casa que estou sempre à procura de acrescentar ao menu.
E aos que vivem localmente?
Os nossos clientes locais são fãs de cerveja, mas tenho muito prazer em dizer que sempre que lançamos algo novo, shots, bombs ou cocktails, eles estão sempre dispostos a experimentar e dar-nos a sua opinião.
Qual é na tua opinião, o pior cocktail clássico já alguma vez criado e porquê?
Na minha opinião, o pior cocktail que alguma vez tive de fazer, é um cocktail que nem sequer considero como um cocktail. É o “Boiler Maker”. É simplesmente um shot de whisky num copo de “pint” cheio de cerveja. Não tem nada de imaginativo ou criativo e, na minha opinião, nem sequer conta como um cocktail.
Se pudesses trabalhar por um dia em qualquer bar no mundo, onde seria e porquê?
Um bar em que sempre quis trabalhar, e que é o Northen Lights Bar. Encontra-se na Islândia e não só a arquitectura é bela com as enormes janelas que lhe permitem ver o céu polar, como as luzes, a madeira e a localização em que se encontra. É na verdade um dos lugares mais bonitos da Terra para se beber um cocktail.
Sugestões do Barman do Mês
Um abraço quente com base de Jägermeister, um leve toque de café e a doçura do chocolate
Explosão de sabores tropicais com base de Jägermeister, uma pitada de Côco e uma gota de magia tropical.
Data da publicação deste artigo – 04/04/2021
Entrevista: Exposer Magazine
Fotografia: Pipas Bar – Luso