Toda esta paixão pela música e pelo mundo do hip-hop, surgiu por volta dos seus 12 anos, recorda que na altura o grupo Mind da Gap estava constantemente a passar na Rádio Cidade e ele consumia a música deles de uma forma exagerada, mas a grande paixão pelo mundo do hip-hop era mesmo as batidas e os ritmos. Aos 15 pediu ao pai dele uma mesa de mistura pelo seu aniversário, o que mais lhe dava prazer, não era tanto a letra, mas os ritmos. Talvez pela influência da sua mãe, os ritmos afro são os que mais mexem consigo e tenta conjugá-los com as letras que satirizam o retrato do mundo que o rodeia.
O centro não tinha muito a onda do hip hop e muito cedo mudou-se para o norte para aperfeiçoar os seus ritmos e conhecimentos na área. Aos 20 regressou ao centro e nunca mais parou, sempre como base o hip hop adaptando os ritmos às tendências, sem nunca perder a sua essência.
A banda Dual’Kingz surge com a ida a uma escola de Coimbra, onde conheceu o Chris e o convidou para uma brincadeira musical e a verdade é que ele encaixou na perfeição na música e ritmos e tornaram-se uma dupla inseparável em que o trabalho de cada um completa o do outro. Tem cerca de 3/4 anos a banda, mas com muito ainda para aprender e crescer.
A Exposer dá-te a conhecer Jorge Bless, um artista da Zona Centro que está nas bocas do hip hop português e que lançou em pleno dia de S. Valentim o seu mais recente tema “Miúda Acabou”.
Em relação a este seu tema Jorge Bless – Miúda Acabou, que lançou no dia 14 de Fevereiro, quer que as pessoas fiquem desde já esclarecidas que as suas músicas e letras não são auto-retratos. Usa a música para retratar a opinião das maiorias e minorias. A humanidade está envolta em ínfimas opiniões, mas muitos calam-nas ou usam capas de hipocrisia para dizerem o que pensam. Todo o seu percurso musical é o resultado do que vou absorvendo do mundo que me rodeia . Esta música em particular, retrata que a confiança tem uma linha muito ténue, depois de quebrada é quase impossível recuperá-la, fala também nas relações doentias em que as pessoas estão mergulhadas, perdendo assim a sua individualidade e essência. O amor é uma linha muito ténue entre o ódio e em segundos tudo o que era deixa de ser. O único amor verdadeiro e incondicional são os de laços de sangue. O amor entre pessoas perde-se com o tempo e muda a intensidade. No amor carnal acredito em momentos de muita paixão e desejo intenso não num amor incondicional como antes referiu.
Um verdadeiro prazer para nós Exposer conhecer e dar a conhecer ainda mais o Jorge Bless, artista com uma alma e um talento enorme que transparece em cada uma das suas letras e composições e o resultado está à vista! Obrigado Jorge e desejamos-te ainda mais sucesso!
Fotografias: Exposer Magazine e Jorge Bless