Mergulha no novo universo da Teamlab | exposermagazine

A Teamlab expandiu recentemente a sua exposição de arte digital para criar um enorme espaço de “corpo imersivo”, que inclui um labirinto com as mais variadas experiências. Com vista para os próximos dois anos – a “Teamlab Tokyo” apresentou e desenvolveu as mais espetaculares interações entre as obras de arte anteriormente apresentadas, bem como uma novíssima instalação numa área de 10.000 metros quadrados, que interage ao movimento dos visitantes. A Teamlab vê esta a ideia de “corpo imersivo” como uma maneira de dissolver as fronteiras entre o espectador e os seus trabalhos. De acordo com críticos de arte japoneses, esta nova dimensão de arte permite um comportamento dinâmico contínuo de fenómenos visuais e a capacidade de transformar a tela, fazendo com que as fronteiras entre o corpo e o trabalho se tornem ambíguas, o que se poderá então criar o ponto de partida para as pessoas pensarem na sua relação com o mundo.

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Universo de Cristal – Quando o espectador entra no espaço, irá causar uma mudança que afetará as luzes em todo o espaço, e essa mudança continuará a causar mudanças aleatórias com o espectador sempre no centro. O mais surpreendente é que os visitantes também podem usar os seus smartphones para selecionar elementos diferentes para dar vida ao display. Com apenas o toque de um dedo poderão fazer explodir nebulosas, planetas e estrelas na criação, iluminando o cosmos cintilante.

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Jardim de Flores flutuantes – esta é uma instalação digital que mostra um ano sazonal de flores que florescem e que mudam ao longo do tempo. O trabalho artístico é filmado em tempo real por um computador e não é pré-gravado nem em loop. As flores crescem, brotam, florescem e, por fim, desaparecem e morrem – o ciclo de nascimento e morte contínua  e sem fim.

Cascata de luz – esta foi projetada numa cascata natural das montanhas de Shikoku. Aqui, as partículas de luz caem em cascata e geram a imagem etérea de uma onda de água luminosa. Na escuridão do local da exposição, as partículas iluminadas deixam um rastro de luz que parece desenhar linhas no espaço físico.

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Infinito – Os visitantes são convidados a tirar os sapatos e caminhar até num abismo de água que chega ao joelho. A influência do movimento é influenciada pela presença de pessoas na água – quando os peixes colidem com os visitantes, transformam-se em flores e espalham-se por todo o espaço. Os estados visuais anteriores nunca podem ser replicados e consequentemente nunca voltarão a ocorrer.

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Vida fria – Compreende uma série caligráfica de pinceladas modeladas em espaço 3D virtual que forma o caractere japonês 生 (japonês / chinês para a “vida”), que se transforma na imagem duma árvore. Com o passar do tempo, várias formas de vida começam a crescer dentro deste elemento da natureza.

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Cores flutuantes livres – esta é uma animação preenchida com esferas de luz flutuante livre. Os visitantes podem se mover ou tocar nas esferas gigantes, fazendo com que mudem de cor e espalhem a tonalidade para outras pessoas que estejam ali próximas. 

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Buraco Negro Macio – esta instalação é das que mais incorpora realmente a ideia de “corpo imersivo”. Quando os visitantes tentam andar, os seus pés afundam-se no chão dum espaço macio e tátil. O interior em si é afetado pelo peso dos corpos das pessoas à medida que elas se movem. A instalação procura lembrar os visitantes da presença física do corpo no dia a dia.

Fotografias : Mori Building Digital Art Museum, Tóquio, Japão